quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Personagens (Parte 2)


Um dos personagens principais do livro “Planeta Terra” chama-se Derek Wilson.

De temperamento calmo e sereno, porém decidido, Derek Wilson representa o tipo de pessoa que sabe o momento certo de agir, e o faz com muita precisão e eficiência. Enquanto todos estão discutindo problemas, ele apresenta soluções. Embora muitos procurem gritar mais alto para fazer-se ouvir, a postura calma, serena e confiante de Derek Wilson impõe respeito e admiração, fazendo com que todas as atenções se voltem para ele, sem que precise dizer uma única palavra. Quando fala, todos se calam e escutam-no de bom grado. Suas palavras são proferidas com clareza, mas sem arrogância ou ares de superioridade. Derek se considera, apenas, um cidadão do planeta, alguém que tem uma grande contribuição a oferecer naquele momento de crise.

Quem o vê assim tão sereno e confiante, nem imagina sua história de vida tão conturbada, não sabe quantas perdas dolorosas lhe machucaram o coração, quantas vezes teve de engolir as lágrimas e deixar sua dor de lado, pois tinha um senso de missão, a missão de ajudar os outros e minorar-lhes o sofrimento.

Derek Wilson também foi um grande governante, escritor e ficou conhecido como o homem que mudou o rumo do planeta. Porém, ele mal imaginava que séculos depois de sua morte, seus livros causariam muita reviravolta por todo o mundo.

Outro personagem que se destaca é Renan. Ele aparece, a princípio, como criança e depois, já adulto.

Em sua fase infantil, Renan é um garoto que tem sede por aprender e sempre faz muitas perguntas aos seus professores, alguns deles chegam até a se irritar com o garoto pensando que ele deseja aparecer ou desacreditar o professor. Contudo, o que Renan apenas quer é aprender e expandir sua capacidade de pensar, refletir e debater.

Depois, quando adulto, Renan torna-se um pesquisador e elabora uma teoria que causa muita polêmica. Até o final da narrativa, Renan e seu grupo defendem sua teoria e entram em confonto direto com o grupo dos Flocados, que defendem uma teoria contrária. Contudo, a postura de Renan e de sua equipe sempre foi de respeito pelas opiniões divergentes, sempre buscando confrontos de visão e nunca confrontos baseados em ataques pessoais. Contudo, os Flocados não abrem mão de suas convicções e estão dispostos a defendê-las mesmo diante de evidências contrárias a sua teoria.

Os Flocados representam aqueles que fazem de tudo para provar que estão certos e de que são os donos da verdade, da própria verdade, mesmo quando ela não corresponde à realidade. Vale tudo para defender essa verdade própria: esconder evidências, distorcer fatos, eliminar, ridicularizar e desacreditar o oponente, apresentar suposições e interpretações como sendo fatos, etc. Como disse Pasur, o principal líder dos Flocados:

“As pessoas não precisam tomar conhecimento de TODAS as descobertas que fazemos. Apenas aquelas que corroboram nossa teoria nós publicamos, as que a contrariam, nós as enterramos”.  (p.113).

Ao ser questionado por Zeneide, um membro da equipe que não estava nada satisfeita com essa postura do grupo e do líder, por que ele estava agindo dessa forma visto que a equipe de pesquisadores devia estará comprometida com a verdade, Pasur afirmou: 

“Estamos comprometidos em apresentar como verdade aquilo que for mais conveniente para nós, entendeu?” (p. 113)

Zeneide representa aqueles que estão comprometidos com a verdade, não negociam princípios e não temem romper com tradições e paradigmas que contradigam a verdade.

Alexander é um personagem que faz parte da equipe de Renan. Ele apresenta uma incrível habilidade de lidar com aqueles que pensam diferente dele, sem procurar impor sua própria visão, respondendo de forma amável e respeitosa às objeções e sabendo derrubar barreiras e preconceitos sem ferir os oponentes. Alexander e Zeneide se tornam grandes amigos e, quem sabe, algo mais...

Voltando a falar no Derek Wilson, esse personagem causou-me profundas impressões, o que me levou a pensar que eu devia escrever um livro só para ele. Já tenho até o título: “Planeta Terra: A viagem de Derek Wilson”.

O roteiro da obra já está pronto. Falta apenas arrumar um tempinho para colocar as palavras no papel. Aguardem!

domingo, 2 de setembro de 2012

Minha Participação na FLIPA


Nos dias 22 a 26 de Agosto de 2012, aconteceu  em Paulista, PE, a I Feira Literária do Paulista, FLIPA. 

A cidade de Paulista, localizada na região metropolitana de Recife, PE, possui uma população de 300 mil habitantes. Seu surgimento teve início em 1535, com o nome de Paratibe, “sendo um local dividido por engenhos ainda pouco habitado e reconhecido”.  (p. 4).

Em 1689, Manoel Navarro, da capitania de São Paulo, adquiriu um engenho na região, que ficou conhecida como as “terras do paulista”, uma referência a seu proprietário, nome que se estabeleceu, e permanece, até hoje.

Atualmente, a principal atividade econômica de Paulista é o comércio, com crescimento do turismo, principalmente em bairros localizados no litoral. O município apresenta uma faixa litorânea com 14 km de extensão, mar de águas mornas, coqueirais e belas praias, como Enseadinha, Janga, Pau Amarelo e Maria Farinha.

Com o tema Educação e Sustentabilidade, a Flipa “tem como objetivo ampliar a leitura, a escrita e as percepções visuais dos participantes, buscando o desenvolvimento linguístico, a aquisição do hábito de leitura, para formação e transformação humana visando à construção coletiva de novos saberes no âmbito cultural e educacional”. (p. 17). Para a secretária de educação do município Jaqueline Moreira, a Flipa representa uma conquista e um importante incentivo para a educação.

Como participante da Flipa, pude testemunhar cenas novas, agradáveis, divertidas e que ficarão registradas em minha memória. O vai e vem das pessoas; a empolgação dos estudantes; a dedicação das professoras, enquanto conduziam seus alunos pelos corredores da feira; o empenho e dinamismo dos organizadores do evento; a disposição dos vendedores de livros em ganhar a atenção dos visitantes; os olhares e as conversas de editores, que tentavam atrair autores iniciantes, dispostos a financiar a produção dos próprios livros; tudo constituiu uma experiência gratificante, enriquecedora e marcante.

Foi gratificante participar da Flipa, por poder estar envolvida em uma atividade de incentivo à leitura, cujo tema “Educação e Sustentabilidade”, se configura como uma das causas que tenho procurado divulgar e defender.

Também foi gratificante ver a participação, em massa, de estudantes e o empenho dos professores. Foi uma experiência enriquecedora, sobretudo, pela oportunidade de conhecer pessoas, conhecer outros escritores e dar início a novas amizades. Foi marcante, por ser minha primeira participação em um evento literário como escritora e palestrante, o que representou muito para minha carreira.

Em minha segunda palestra, fui surpreendida por um público essencialmente infantil. O conteúdo do livro, e das palestras que apresento, é voltado para o público adulto, embora venha cativando, também, a atenção dos adolescentes e jovens. Falar para um auditório repleto de crianças foi algo bem diferente do que estou acostumada a fazer, sendo necessário adaptar a linguagem e o conteúdo para aquela faixa etária. Mas, a julgar pela empolgação com que respondiam às minhas perguntas e me cumprimentavam ao final da palestra, acredito que consegui transmitir bem o meu recado sobre “Qualidade de Vida”, motivando-os a continuar vestindo a camisa da promoção da saúde do homem e do planeta.

Referência
Revista Flipa, Ano I, Agosto de 2012.