terça-feira, 24 de setembro de 2013

Primavera

Estamos na Primavera! Quantos renomados poetas, escritores, artistas plásticos, músicos intérpretes e compositores têm procurado transmitir a profundidade da essência da beleza dessa estação!
Até mesmo essa escritora iniciante procurou exprimir, em palavras, o significado da “estação das flores”. Mas isso vocês só vão poder conferir em 2014, quando for lançado o segundo volume da série Planeta Terra. Contudo, vou adiantar alguns detalhes para vocês matarem a curiosidade.

Nesse livro, Derek Wilson, um dos personagens de destaque no primeiro volume, fará uma longa viagem pelo planeta e chegará ao país de Tucson, notável por seu relevo de vales e montanhas. Ali, Derek visitará a pequena e acolhedora cidade de Mantene, justamente no dia em que os moradores estarão comemorando o início da Primavera.

O dono da pousada onde Derek ficará hospedado, preparará uma programação especial e um jantar de boas-vindas para os visitantes. Durante a programação, um grupo de garotas, com idades entre 10 e 14 anos, distribuirá flores e cantará uma música sobre o tema da Primavera. A letra dessa canção exprime, em palavras, a modesta visão dessa escritora iniciante, mas, ao mesmo tempo, uma experiente amante da natureza.

Quando se fala em Primavera não tem como não lembrar de Antonio Vivaldi, o compositor que soube, como ninguém, comunicar a essência da beleza e dos encantos da estação das flores.
A obra “As 4 Estações” de Vivaldi é uma preciosidade musical incomparável.

Sintam toda a diversidade de sons, cores, formas e aromas que a “Primavera” de Vivaldi faz surgir em nosso pensamento, provocando o desejo de correr e estar em meio à natureza, a fim de desfrutar dessa riqueza ao vivo.
Assistir ao concerto da Primavera de Vivaldi, com interpretação de Julia Fischer,  gravado no “National Botanical Gardens of Wales” é, não apenas, um deleite, como também, um privilégio.

Segue o link:
http://www.youtube.com/watch?v=hRRDCDFQj3s

 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Porto de Galinhas e a Flipo


 
Durante os dias 12 a 15 de setembro tive a oportunidade de participar da Flipo, Feira Literária Internacional do Ipojuca, que aconteceu na praia de Porto de Galinhas, Ipojuca, PE. O evento contou com diversas atividades como palestras, debates, contação de histórias infantis, exposição de livros, cordéis e obras de artistas plásticos.
Depois da praia, meu lugar preferido foi a Praça do Livro, espaço dedicado à exposição de obras, onde pude estabelecer contato com pessoas de diferentes lugares, apresentar o “Planeta Terra”, fazer novos amigos e conhecer um pouco o trabalho deles, como o cordelista Altair Leal, o artista plástico Jader Cysneiros, a escritora Si Cabral. O Lula e a Marta, responsáveis pelo estande, eram uma simpatia.

No último dia do evento, arrumei um tempinho para aproveitar, um pouco, a praia. Comecei a caminhar pela areia e logo recebi o abraço do sol. Tratei de ir molhando os pés na água do mar e parei para abraçar o ar.
Os recifes estavam descobertos e já havia uma boa movimentação de pessoas e jangadas rumo às piscinas naturais.

Caminhar com água fresca, um palmo acima do tornozelo, cercada de pequenos peixes que nadavam com toda desenvoltura, me proporcionou um incrível prazer sensorial. Aliás, aquele ambiente proporcionava maravilhosas percepções visuais, auditivas, olfativas e táteis.
Foi lindo ver famílias se deleitarem na água ou observarem as surpresas por entre os recifes. Eu estava apreciando cada momento e tratei de registrá-los em fotografias. Mas, nem tudo era beleza e harmonia.

Vi três garotos molestando caranguejos que tentavam se esconder entre as brechas das rochas. Um pouco mais adiante, outros membros de nossa espécie, dessa vez, adultos, tentavam tirar a vida de peixes fazendo uso da pesca com anzol. Alguns deles entravam no mar com seus anzóis, enquanto outros, sentados, aguardavam que um pobre peixe mordesse a isca do anzol que estava fixo na areia.
Sinceramente, naquela hora eu tive vontade de ser a “Mulher Maravilha” para poder entortar aqueles anzóis e lançá-los bem longe, direto no ferro velho mais próximo. Seria um alívio para os peixes e um grande aborrecimento para os donos dos anzóis, que, sem sombra de dúvida, me considerariam uma “fora da lei”.

Mas o pior ainda estava por vir. Olhando o relógio, vi que era hora de retornar e, enquanto caminhava de volta, pude observar uma garotinha que se divertia em uma piscininha cavada na areia molhada. A piscina continha bastante água, mas a menina ainda insistia em cavar um pouco mais ao redor, com sua pazinha. Foi então que vi, dentro da piscina, um pobre  peixe, que se revirava de um lado para o outro.
Na mesma hora chegou o pai da garota. Vinha sorridente, trazendo outro peixe que acabara de retirar do anzol. Logo entendi: o pai colocara os peixes ali para completar a diversão da garota, como se peixe fosse brinquedo. As pessoas inventam cada uma!

Porto de Galinhas. Esse lugar é uma maravilha!
Fiquei feliz em ver que a praia estava bastante limpa e o ambiente muito agradável. Um clima de romantismo pairava no ar, e o Sr. Velázquez não saia dos meus pensamentos. Ali, ao conversar com ele, por telefone, chegamos à conclusão de que precisamos visitar mais vezes aquele lugar.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Lição da Lagartixa


Da janela de meu quarto eu olho para o mundo exterior e vejo tanta coisa: casas e mais casas empilhadas lado a lado; cabos condutores que, suspensos no ar, descrevem trajetórias diferenciadas; antenas; postes de luz; automóveis...

 Quando olho pela janela eu contemplo um teto alto, imenso que, por vezes, exibe um tom azul brilhante, ora multicolorido e, em outras ocasiões, cinzento ou totalmente negro.

 Eu vejo as criaturas que possuem a habilidade do voo, transitarem, livres, de uma árvore para outra. Ah! E por falar nisso, também posso ver palmeiras, coqueiros, mangueiras e outras árvores frutíferas que, com seu verdor, tornam o ambiente urbano muito mais agradável.

 Olhando para o telhado de meu vizinho eu vejo lagartixas. Há algo de singular nesses animais, que me prende a atenção, e me fascina!

 O desenho de seu corpo, o arranjo e o design de seus órgãos internos, seu modo de olhar e de se locomover, seu porte elegante... Sua habilidade de se sobrepor à ação do campo gravitacional da Terra é algo surpreendente!

 Nunca perguntei a uma delas, mas penso que vida de lagartixa não deve ser nada fácil! Para algumas espécies, elas são um verdadeiro terror, enquanto que, para outras, uma presa a ser capturada com unhas e dentes.

 E quanto aos humanos? Bem, pelo que tenho observado, a relação entre eles e as lagartixas não tem sido das melhores.

 Para alguns humanos, esses animais suscitam emoções e sentimentos intensos e incômodos, como medo, asco, pavor, o que os leva a gritar, fugir ou procurar destruí-los. Outros humanos, infelizmente, também procuram matar, capturar e incomodar as lagartixas porque sentem prazer em atentar contra o bem estar da vida animal.

 
Quando olho para a lagartixa, eu vejo que ela está sempre de cabeça erguida. Não importa o que aconteça se perseguida, odiada, temida ou, simplesmente, desvalorizada e ignorada, ela sempre mantém sua cabeça de pé.

 
Mesmo sendo um reptil, pode atingir grandes alturas e lugares importantes, como diz o livro de Provérbios: “No mundo há quatro animais que são pequenos, mas muito espertos: ... as lagartixas, que qualquer um pode pegar com a mão, mas podem ser encontradas até nos palácios.” Prov. 30:24, 28.

E assim, pouco a pouco, rastejando, sem pressa, a lagartixa chega ao topo da mais alta torre ou do mais alto edifício construído pelo homem. Nesse momento, alguém olha para ela e diz:

 Como você chegou até aqui? Pegou carona no elevador?

– Não! – responde a lagartixa.

– Então alguém lhe trouxe?

– Também não. Eu vim com minhas próprias patas.

– Você veio rastejando?

– Mas é claro! É assim que me locomovo.

– Muito bem. Subiu, chegou às alturas, mas... olhe só para você... Veio rastejando.

– É isso mesmo lagartixa! Você nunca poderá chegar às alturas voando, magnificamente, como as aves.

– E jamais conseguirá saltar, triunfalmente, como o gafanhoto.

– VOCÊ É UM REPTIL. Mesmo que suba às alturas, sempre estará rastejando.

A lagartixa ouviu tudo aquilo, mas não entrou em controvérsia com seus oponentes. Parou um pouco, respirou fundo e seguiu adiante, sem abaixar a cabeça. Ia rastejando. Seu corpo, em contato direto com a superfície. E sua cabeça? Ora, por que pergunta, se já sabe a resposta?