sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Depois da Morte


Após a morte, o corpo é logo sepultado, e, somente então, familiares e amigos se reúnem para consolar-se mutuamente. Nessa ocasião, todos têm a oportunidade de expressar suas emoções, o que sempre envolve lágrimas e muitas recordações dos bons momentos vividos juntos com o falecido.

Mas a vida é muito curta. Os dias de luto não podem ser muitos, pois todos precisam viver intensamente cada momento de sua existência e concentrar-se no presente. O falecido e a convivência com ele agora fazem parte do passado. Apenas seu exemplo e as lições que ensinou em vida permanecem registrados na memória daqueles que o conheceram e conviveram com ele. (p. 40).

 
Estas palavras, extraídas do livro Planeta Terra: o que aconteceu? , descrevem, de modo sucinto, a maneira como a civilização que estará habitando o planeta Terra por volta do ano 2250, lidará com a questão da morte.

Deixando de lado a ficção e voltando para a realidade, no dia de hoje, 02 de Novembro, muitos dedicam seu tempo para homenagear os mortos. Mais do que nunca, esse é um dia de recordações, algumas boas e outras, nem tanto. Dentre as boas recordações destacam-se: os bons momentos passados juntos com o falecido, o bem que ele semeou e as lições de vida que ele deixou. Do outro lado estão as recordações desagradáveis, permeadas, por sentimentos de culpa, mágoas, problemas nas resolvidos, mas o pior de todos, talvez seja uma sensação de vazio, suscitado pela ausência da pessoa querida. E, na mente de todos, de modo intenso ou sutil, surge a persistente e, por vezes, incômoda questão: O que acontece depois da morte? O que acontece com quem fica e o que acontece com quem vai?

Para quem fica restam a saudade, a solidão, a dor da perda, pensamentos confusos e contraditórios, a obrigação de reorganizar a vida financeira e familiar... Sobre a questão dos sentimentos contraditórios, certa vez li um livro que mencionava a história de uma senhora que procurou um profissional para auxiliá-la a lidar com a perda do esposo, após uma longa e feliz convivência matrimonial. Logo na primeira sessão ela deixou bem claro que estava com raiva, muita raiva do esposo por tê-la abandonado, por ele ter morrido antes dela, deixando-a sozinha. “Ele não podia ter me deixado”, dizia ela, entre lágrimas, “não consigo viver sem ele”.

Isso me faz lembrar as palavras de alguém que mencionou, certa vez, que “amava tanto sua esposa que preferia ter morrido no lugar dela”. Ou seja, ele preferia estar morto, automaticamente  sem sofrer nada, e que a esposa estivesse viva sofrendo a dor da perda no lugar dele. Pergunto: que amor é esse? Isso me faz concluir que é amor próprio, não o amor pela esposa. Ele queria livrar a si mesmo da dor da perda.

Fiquei sabendo de outra senhora, que perdeu o filho prematuramente, um jovem dinâmico e pai de família, que foi vítima de uma doença incurável. Os familiares tentavam confortá-la, dizendo que se ele escapasse, jamais poderia levar uma vida normal e viveria com muitas sequelas. Contudo, em meio ao seu desespero, aquela mãe chegou a afirmar que preferia ter o filho vivo em cima de uma cama, sem poder andar, comer ou falar, do que perdê-lo. Ela não estava aguentando a perda.

Para quem fica, depois da morte, muitas vezes restam sentimentos conflitivos. De um lado estão aqueles sentimentos de amor pelo falecido e interesse em seu bem estar, do outro, sentimentos de amor próprio, de autoproteção, que levam o indivíduo a não suportar a dor da perda, levando-o, inclusive, a desejar trocar de lugar com o morto, se fosse possível.

Mas, e o que acontece com quem vai? O que há depois da morte? Definitivamente NADA? Ou existe um paraíso, inferno, outras dimensões espirituais? Quem vai pode retornar? Quem vai pode acompanhar, ainda que de longe, o que anda acontecendo no Planeta Terra?

Para os vivos, a questão da morte apresenta dois polos distintos, duas certezas: a certeza de que a existência do falecido definitivamente terminou e a certeza de que o morto apenas “mudou de endereço”, ou seja partiu para o “outro lado”, uma nova dimensão, uma dimensão espiritual.  Entre esses dois polos, entre essas duas certezas, há um grande abismo de incertezas. E mesmo para aqueles que acreditam na existência após a morte, tal certeza conduz a muitas incertezas.

Onde, exatamente, estaria o falecido, o que ele estaria fazendo? Será que ele estaria sofrendo, teria notícias de seus familiares que ficaram ou não mais se lembraria deles? Caso o falecido venha a ter notícias dos familiares, como se sentirá ao vê-los sofrerem, inclusive com a dor causada por sua ausência? Nessa existência após a morte, haveria a possibilidade de um reencontro entre aqueles que conviveram em vida? Como seria esse reencontro, alegre e descontraído ou tenso e em clima de acerto de contas?

E você, leitor, em qual desses polos se encontra? Ou você está entre um e outro, debatendo-se em meio às incertezas? Será que aquela sua certeza o conduz a maiores incertezas? Afinal, nossas crenças acerca da morte afetam o modo como conduzimos nossa vida?

Que tal, pensar um pouco nesse assunto?

Para começar, sugiro a reflexão sobre dois textos extraídos de um livro, escrito há muito tempo, por pessoas que viveram em diferentes épocas e lugares, o qual apresenta aspectos surpreendentes acerca da questão da vida e da morte: 1)a morte põe fim à existência do indivíduo; 2)os mortos voltarão a viver, ou seja, eles ressuscitarão. Sendo assim, o intervalo entre a morte e a ressurreição é marcado pela inexistência do indivíduo.

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.”

 “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizerem o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.”

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia do Professor


Hoje, 15 de outubro, é o dia do professor. Nesse dia, mais do que em nenhum outro, sou levada a refletir acerca da nobre tarefa e da responsabilidade de um professor. Penso em muitos docentes que fizeram diferença em minha vida e penso, também, em três professores, que saíram das páginas do livro “Planeta Terra”, produto de minha imaginação.

Analisando melhor o perfil destes personagens, pude concluir que eles têm algo importante a nos ensinar e decidi escrever algo sobre eles.

Como todos os personagens do livro Planeta Terra, Antônio, Geraldo e Márcia, têm uma passagem pela narrativa muito curta, porém marcante. Sua importância é apenas percebida depois de uma segunda ou terceira leitura.

As poucas informações acerca destes personagens são estas: eles são professores e trabalham no Instituto Saber e Vida. Vivem em um futuro distante, após o ano 2250. Nesta época, o estilo de vida dos humanos é completamente diferente, no que diz respeito às atividades diárias, prioridades, metas e objetivos, além da própria estrutura corporal. Quem quiser saber mais sobre essas diferenças, bem... é só ler o livro.

Os três professores empreendem uma excursão com seus alunos, uma jornada que acaba se tornando o episódio mais marcante de suas vidas. Durante a viagem, dois alunos se perdem, propositalmente, a fim de experimentar novas aventuras, mas o que eles encontram os deixa, sobremaneira, assustados.

A descoberta dos dois aventureiros conduz a uma mudança nos planos do grupo, mas, diante de tudo isso, os professores Antônio, Geraldo e Márcia se saem muito bem e aproveitam todas as circunstâncias para ensinar valiosas lições a seus alunos e motivá-los na construção do conhecimento.

O modo como os professores agem durante todo o episódio nos permite tirar algumas conclusões que nos levam a refletir sobre nossa postura como docentes.

Antônio, Geraldo e Márcia levaram seus alunos para uma excursão como parte das atividades escolares, o que nos permite concluir que eles costumavam envolver os alunos em atividades práticas, afim de que eles se sentissem parte do assunto a ser estudado. A excursão também possibilitaria aos alunos formularem questões e buscarem respostas por si mesmos. Os estudantes foram conduzidos a uma atividade de pesquisa, algo de fundamental importância no processo de construção do conhecimento.

A maneira como os professores agiram com os dois alunos “rebeldes”, mostra que eles estavam comprometidos com a educação daqueles estudantes. Ao invés de condená-los, imediatamente tomaram uma atitude que não apenas resolveu o problema criado pelos dois, como também serviu como valiosa lição para todo o grupo, incluindo os próprios professores.

O espírito de liderança do Professor Antônio fica evidente. Como líder, ele tinha atitude, tomada de decisão, capacidade de lidar com imprevistos e cooperação de seus liderados. Contudo, reconhecia que não era o dono da verdade e sempre trocava ideias com seus colegas, Geraldo e Márcia. Ele também sabia valorizar as opiniões e pensamentos de seus alunos, mesmo quando tais propostas não representavam a melhor saída para o problema, estimulando-os a refinar seu pensamento até encontrarem a solução mais adequada.

O professor Antônio também sabia lidar com suas limitações e não se envergonhava de admiti-las diante de seus alunos. Quando questionado acerca de algo desconhecido que o grupo encontrou pelo caminho, o professor não hesitou em afirmar que tal achado também lhes trouxe muitas indagações, para quais ele ainda não tinha nenhuma resposta, mas que começaria a procurá-las junto com todos aqueles que quisessem acompanhá-lo. Tal atitude suscitou aplausos por parte dos alunos e a disposição de se unirem em busca de respostas.

Ah! Antônio, Geraldo e Márcia... Vocês não podem deixar de conhecê-los. Eles estão bem ali, nas páginas do “Planeta Terra”.

Saindo da ficção e, voltando para a realidade. A data de hoje me faz lembrar uma conversa que tive com uma jovem que conheci em uma de minhas viagens de lançamento do livro, há algum tempo.

Ela era estudante de graduação em certa instituição de ensino muito conceituada. Estava em seu último ano, às voltas com o famoso TCC, mas o que mais a angustiava era uma sensação de frustração, uma verdadeira decepção quanto ao curso e a postura da maioria dos docentes.

Quando iniciou seus estudos, ela pensava que aquele curso e aquela instituição iriam proporcionar-lhe a oportunidade de desenvolver suas habilidades mentais de raciocínio, argumentação, a arte de questionar e debater, de expressar seu pensamento e não ser apenas uma mera repetidora do pensamento de outros (diga-se, de passagem, dos professores). Mas, foi, exatamente, o contrário que ocorreu. Tristemente ela logo descobriu que os alunos eram preparados ali para serem aprovados nos exames de avaliação da faculdade e do curso, afim de que a instituição tivesse um ótimo conceito e pudesse ser bem vista pela sociedade e futuros clientes.

A postura de alguns docentes, tanto dentro como fora da sala de aula, deixou-a transtornada. Certo dia, um professor pediu que ela o aguardasse na sala dos professores. Enquanto estava ali, ela pôde presenciar as conversas de alguns docentes que, julgando que ela fosse uma colega, começaram a falar livremente acerca dos estudantes para os quais eles ministravam aulas. Muitos deles usavam expressões preconceituosas e deixavam claro seu desprezo pela classe estudantil, como se os alunos fossem seres detestáveis e inferiores a eles, os docentes.

Ao ouvir seu relato fiquei perplexa e grandemente perturbada. Passei a imaginar o efeito que a postura desses mercenários da educação, pois não merecem o título de professor, tem causado na vida dos milhares de estudantes com os quais eles lidam diariamente.

Mas, ao final de nossa conversa, tive a grande alegria de ouvir aquela jovem mencionar acerca de seu desejo de, após a conclusão de seus estudos, iniciar uma pós-graduação e, em breve, tornar-se docente naquela mesma instituição e oferecer a seus alunos tudo aquilo que ela desejou, mas não teve: um ambiente agradável de construção do conhecimento.

– Vá em frente! – eu lhe disse. – Você não imagina como sua decisão me deixa feliz. Acredito, plenamente, que você fará toda a diferença naquela instituição, irá quebrar muitos paradigmas e, até, influenciará seus futuros colegas, que hoje são seus professores, conduzindo-os a uma atitude de reflexão e de mudança.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Personagens (Parte 2)


Um dos personagens principais do livro “Planeta Terra” chama-se Derek Wilson.

De temperamento calmo e sereno, porém decidido, Derek Wilson representa o tipo de pessoa que sabe o momento certo de agir, e o faz com muita precisão e eficiência. Enquanto todos estão discutindo problemas, ele apresenta soluções. Embora muitos procurem gritar mais alto para fazer-se ouvir, a postura calma, serena e confiante de Derek Wilson impõe respeito e admiração, fazendo com que todas as atenções se voltem para ele, sem que precise dizer uma única palavra. Quando fala, todos se calam e escutam-no de bom grado. Suas palavras são proferidas com clareza, mas sem arrogância ou ares de superioridade. Derek se considera, apenas, um cidadão do planeta, alguém que tem uma grande contribuição a oferecer naquele momento de crise.

Quem o vê assim tão sereno e confiante, nem imagina sua história de vida tão conturbada, não sabe quantas perdas dolorosas lhe machucaram o coração, quantas vezes teve de engolir as lágrimas e deixar sua dor de lado, pois tinha um senso de missão, a missão de ajudar os outros e minorar-lhes o sofrimento.

Derek Wilson também foi um grande governante, escritor e ficou conhecido como o homem que mudou o rumo do planeta. Porém, ele mal imaginava que séculos depois de sua morte, seus livros causariam muita reviravolta por todo o mundo.

Outro personagem que se destaca é Renan. Ele aparece, a princípio, como criança e depois, já adulto.

Em sua fase infantil, Renan é um garoto que tem sede por aprender e sempre faz muitas perguntas aos seus professores, alguns deles chegam até a se irritar com o garoto pensando que ele deseja aparecer ou desacreditar o professor. Contudo, o que Renan apenas quer é aprender e expandir sua capacidade de pensar, refletir e debater.

Depois, quando adulto, Renan torna-se um pesquisador e elabora uma teoria que causa muita polêmica. Até o final da narrativa, Renan e seu grupo defendem sua teoria e entram em confonto direto com o grupo dos Flocados, que defendem uma teoria contrária. Contudo, a postura de Renan e de sua equipe sempre foi de respeito pelas opiniões divergentes, sempre buscando confrontos de visão e nunca confrontos baseados em ataques pessoais. Contudo, os Flocados não abrem mão de suas convicções e estão dispostos a defendê-las mesmo diante de evidências contrárias a sua teoria.

Os Flocados representam aqueles que fazem de tudo para provar que estão certos e de que são os donos da verdade, da própria verdade, mesmo quando ela não corresponde à realidade. Vale tudo para defender essa verdade própria: esconder evidências, distorcer fatos, eliminar, ridicularizar e desacreditar o oponente, apresentar suposições e interpretações como sendo fatos, etc. Como disse Pasur, o principal líder dos Flocados:

“As pessoas não precisam tomar conhecimento de TODAS as descobertas que fazemos. Apenas aquelas que corroboram nossa teoria nós publicamos, as que a contrariam, nós as enterramos”.  (p.113).

Ao ser questionado por Zeneide, um membro da equipe que não estava nada satisfeita com essa postura do grupo e do líder, por que ele estava agindo dessa forma visto que a equipe de pesquisadores devia estará comprometida com a verdade, Pasur afirmou: 

“Estamos comprometidos em apresentar como verdade aquilo que for mais conveniente para nós, entendeu?” (p. 113)

Zeneide representa aqueles que estão comprometidos com a verdade, não negociam princípios e não temem romper com tradições e paradigmas que contradigam a verdade.

Alexander é um personagem que faz parte da equipe de Renan. Ele apresenta uma incrível habilidade de lidar com aqueles que pensam diferente dele, sem procurar impor sua própria visão, respondendo de forma amável e respeitosa às objeções e sabendo derrubar barreiras e preconceitos sem ferir os oponentes. Alexander e Zeneide se tornam grandes amigos e, quem sabe, algo mais...

Voltando a falar no Derek Wilson, esse personagem causou-me profundas impressões, o que me levou a pensar que eu devia escrever um livro só para ele. Já tenho até o título: “Planeta Terra: A viagem de Derek Wilson”.

O roteiro da obra já está pronto. Falta apenas arrumar um tempinho para colocar as palavras no papel. Aguardem!

domingo, 2 de setembro de 2012

Minha Participação na FLIPA


Nos dias 22 a 26 de Agosto de 2012, aconteceu  em Paulista, PE, a I Feira Literária do Paulista, FLIPA. 

A cidade de Paulista, localizada na região metropolitana de Recife, PE, possui uma população de 300 mil habitantes. Seu surgimento teve início em 1535, com o nome de Paratibe, “sendo um local dividido por engenhos ainda pouco habitado e reconhecido”.  (p. 4).

Em 1689, Manoel Navarro, da capitania de São Paulo, adquiriu um engenho na região, que ficou conhecida como as “terras do paulista”, uma referência a seu proprietário, nome que se estabeleceu, e permanece, até hoje.

Atualmente, a principal atividade econômica de Paulista é o comércio, com crescimento do turismo, principalmente em bairros localizados no litoral. O município apresenta uma faixa litorânea com 14 km de extensão, mar de águas mornas, coqueirais e belas praias, como Enseadinha, Janga, Pau Amarelo e Maria Farinha.

Com o tema Educação e Sustentabilidade, a Flipa “tem como objetivo ampliar a leitura, a escrita e as percepções visuais dos participantes, buscando o desenvolvimento linguístico, a aquisição do hábito de leitura, para formação e transformação humana visando à construção coletiva de novos saberes no âmbito cultural e educacional”. (p. 17). Para a secretária de educação do município Jaqueline Moreira, a Flipa representa uma conquista e um importante incentivo para a educação.

Como participante da Flipa, pude testemunhar cenas novas, agradáveis, divertidas e que ficarão registradas em minha memória. O vai e vem das pessoas; a empolgação dos estudantes; a dedicação das professoras, enquanto conduziam seus alunos pelos corredores da feira; o empenho e dinamismo dos organizadores do evento; a disposição dos vendedores de livros em ganhar a atenção dos visitantes; os olhares e as conversas de editores, que tentavam atrair autores iniciantes, dispostos a financiar a produção dos próprios livros; tudo constituiu uma experiência gratificante, enriquecedora e marcante.

Foi gratificante participar da Flipa, por poder estar envolvida em uma atividade de incentivo à leitura, cujo tema “Educação e Sustentabilidade”, se configura como uma das causas que tenho procurado divulgar e defender.

Também foi gratificante ver a participação, em massa, de estudantes e o empenho dos professores. Foi uma experiência enriquecedora, sobretudo, pela oportunidade de conhecer pessoas, conhecer outros escritores e dar início a novas amizades. Foi marcante, por ser minha primeira participação em um evento literário como escritora e palestrante, o que representou muito para minha carreira.

Em minha segunda palestra, fui surpreendida por um público essencialmente infantil. O conteúdo do livro, e das palestras que apresento, é voltado para o público adulto, embora venha cativando, também, a atenção dos adolescentes e jovens. Falar para um auditório repleto de crianças foi algo bem diferente do que estou acostumada a fazer, sendo necessário adaptar a linguagem e o conteúdo para aquela faixa etária. Mas, a julgar pela empolgação com que respondiam às minhas perguntas e me cumprimentavam ao final da palestra, acredito que consegui transmitir bem o meu recado sobre “Qualidade de Vida”, motivando-os a continuar vestindo a camisa da promoção da saúde do homem e do planeta.

Referência
Revista Flipa, Ano I, Agosto de 2012.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dia do Escritor

Hoje, 25 de Julho é o Dia do Escritor. Para mim, essa data se configura como algo muito especial, pois neste ano de 2012 dei início, oficialmente, a minha carreira de escritora com o lançamento de “Planeta Terra: O que aconteceu?
Muitos autores comentam que ao terminar de escrever um livro sentem um vazio, saudades do processo de criação da obra e, até mesmo, uma dolorosa sensação de perda. Para mim, contudo, terminar de escrever uma obra significa entrar em uma nova e igualmente deliciosa etapa, a de ver o livro publicado, interagir com leitores, me surpreender com suas diferentes interpretações e, acima de tudo, organizar as ideias para o próximo livro.
Minha homenagem, neste Dia do Escritor, vai para uma notável escritora, que se foi prematuramente, vitima da crueldade humana. Estou falando de Anne Frank, morta em um campo de concentração, na época da segunda guerra mundial. A leitura de “O Diário de Anne Frank” mudou minha vida para melhor.
Em 23 de fevereiro de 1944, nos fundos de um velho edifício, que servia de esconderijo para sua família e outros judeus, cerca de cinco meses antes de serem capturados pelos nazistas, ela escreveu essas tocantes palavras:

“Sentimos falta de tanta coisa aqui! Não falo de coisas exteriores, pois quanto a estas há quem olhe por nós. Falo das interiores. Como você, anseio por liberdade e ar fresco, mas vejo agora que recebemos amplas compensações pelo que nos falta. Compreendi isto, de repente, esta manhã, enquanto estava sentada ali, em frente à janela. Falo de compensação interior. Ao olhar para fora, para a profundeza de Deus e da Natureza, senti-me feliz, realmente feliz... As riquezas podem perder-se, porém esta felicidade que vem do próprio coração pode velar-se, mas nunca deixará de existir enquanto a vida durar”.

 
Anne e sua família viviam em uma casa confortável e tinham uma excelente condição financeira. Ela desfrutava de boas amizades e apreciava muito os estudos. Contudo, a guerra transtornou para sempre a vida daquela família, que se viu obrigada a esconder-se para escapar dos nazistas. Anne contava, então com 13 anos de idade.
A menina adaptou-se à dura realidade do esconderijo com incrível força, coragem e resilência. Além das dificuldades com o racionamento de comida, água, espaço físico, do convívio com pessoas tão diferentes e do contínuo temor de ser capturada pelos nazistas, Anne Frank cultivou sua capacidade de sonhar e de ser uma pessoa agradecida. Ela desenvolveu a habilidade de apreciar as coisas boas que estavam ao seu redor, principalmente a natureza, mesmo que esse contato com o mundo natural ocorresse, apenas, através das frestas de uma janela.

“Fiquei olhando, também, através de da janela, para uma vasta área de Amsterdam, para além dos telhados, para o horizonte de um azul tão pálido que se tornava difícil distinguir a linha divisória. E eu pensei: Enquanto existir isto, enquanto eu estiver viva e puder contemplar este sol e este céu sem nuvens, enquanto isto existir, não poderei ser infeliz”.

Ela também nos prescreve uma receita segura e eficaz:
“O melhor remédio para os que sentem medo, solidão ou infelicidade é ir para um lugar ao ar livre, onde possam estar sozinhos com o céu, a natureza e Deus”.
Eu pergunto: Pode haver melhor companhia?

Ela prossegue, dizendo: “Só então, a gente sente que tudo está como deve estar e que Deus nos quer ver felizes na beleza simples da natureza.”


Referência
FRANK, Anne. O Diário de Anne Frank. 11. ed. Rio de Janeiro: Record, p. 141-142.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Personagens (parte 1)

A maioria dos personagens de Planeta Terra apresenta uma trajetória curta, porém marcante. Sua grande diversidade é algo que se destaca no livro. Ao percorrer as 127 páginas de Planeta Terra você tem a oportunidade de conhecer personagens de várias faixas etárias, que viveram em diferentes épocas e culturas.

Sir Malakenzo III foi um famoso sábio, que viveu por volta de 1600 e fez uma estranha profecia. O mestre Malakenzo foi muito venerado em sua época e, mesmo séculos após sua morte, era imenso o número de seus seguidores espalhados pelo mundo inteiro. Em 2016, quando algumas coisas estranhas começam a ter lugar no palco do planeta Terra, os seguidores do mestre Malakenzo não tardam em bradar que a profecia, finalmente, está tendo o seu cumprimento. Contudo, eles mal imaginam a terrível surpresa que os aguard,a naquele dia em que todos decidem se reunir na montanha sagrada de Nemb.

Volitesk é um líder terrorista que está sendo caçado por nações do mundo inteiro. O líder e seu grupo mantêm vários centros de pesquisa e produção de armas biológicas espalhados pelo planeta. Contudo, há muito que não se têm nenhuma pista de seu paradeiro. No ano 2016, em meio ao caos que se instalou no planeta, quando, finalmente, se consegue localizar e invadir o esconderijo principal do líder, o que se vê ali deixa todos muito perplexos, com mais indagações do que respostas.

Creio que, com exceção de Malakenzo e Volitesk, a maioria dos personagens tem muito em comum conosco e com o nosso dia a dia. Um deles, Steve Attenborough é um empreendedor, alguém que lutou de forma honesta e determinada para levar avante seus sonhos. Ele conseguiu construir uma sólida carreira como dono de uma empresa, e não apenas isso, ganhando também o respeito e a simpatia de toda a comunidade onde vivia. Além de empresário, Steve era um esposo fiel, dedicado e um pai amoroso. Contudo, vem a ter um fim trágico e prematuro, juntamente com sua esposa Helena.

Alguns dos personagens são professores, estudantes, pesquisadores; há um mecânico de automóvel que também foi um inventor, cuja principal invenção vai causar muita polêmica em um futuro distante (após o ano 2400).

Na próxima postagem vamos analisar o perfil de outros personagens, entre eles, Derek Wilson, que ficou conhecido como “o homem que mudou o rumo do planeta”. Esse personagem tem provocado minha criatividade no sentido de escrever um livro só para ele, cujo título poderia ser este: “O Segredo de Derek Wilson”.

domingo, 17 de junho de 2012

Meu Primeiro Livro

Escrever sempre foi uma de minhas atividades favoritas, desde os tempos de criança. Neste ano de 2012, tive o privilégio de publicar meu primeiro livro, cujo lançamento ocorreu no dia 14 de Abril, em Recife, PE. Desde então, venho organizando eventos para promoção do livro em diferentes locais, inclusive em outras cidades e até estados. Meu grande sonho é fazer com que “Planeta Terra” chegue a todos os cantos do Brasil e ultrapasse as fronteiras nacionais.

O livro apresenta uma história fictícia, uma “viagem” pelo planeta que começa no passado e vai para um futuro distante. Ao percorrer suas páginas, o leitor é estimulado a refletir sobre diversos assuntos, entre ele o cuidado com a saúde, com o meio ambiente, o tempo e os relacionamentos. Outro tema em destaque é a importância do cultivo das habilidades de duvidar, questionar, confrontar ideias e debater.
A narrativa provoca questionamentos, estimula o pensamento e a imaginação, suscita muitas indagações, sem, contudo, fornecer nenhuma solução, cabendo ao leitor a tarefa de buscar as respostas. A propósito, o título do último capítulo é exatamente esse: “Buscando Respostas”.
Apesar de ter apenas 127 páginas, o livro apresenta inúmeras e valiosas lições, verdadeiros tesouros, que apenas são percebidos após a segunda ou terceira leitura. A riqueza de lições que podem ser extraídas da obra surpreende até mesmo a mim, que sou a autora. Chego a me perguntar, como esta importante reflexão foi parar aí, visto que eu não a inseri de propósito? É então que vou descobrindo, aos poucos, novas maravilhas e segredos da arte de escrever. Vou percebendo que, ao escrever, nós comunicamos muito mais do que, ao princípio, imaginamos e planejamos. Percebo que essa comunicação parece ir se expandindo a cada nova leitura.
Bem, é desnecessário dizer que eu li, reli e recomendo o Planeta Terra, mas, vou finalizar com as palavras de dois amigos e leitores:

"Ao ler o livro podemos perceber que ali é apresentada uma história de ficção que se aproxima muito de nossa realidade, além de viajamos desde nossos dias até o ano 2.250. É muito interessante notar que não se trata apenas de mais uma obra sobre desenvolvimento sustentável. O livro aborda assuntos sobre a sobrevivência da espécie humana de modo inteligente e racional, de uma forma imparcial, sem forçar a barra para a opinião da autora”.
Francisco Marques, Professor do IFPE.


“Terminei!!! Valeu a viagem! Pode ser adaptado para roteiro de cinema, numa espécie de filme parecido com “A Máquina do Tempo” de H.G Wels ! Parabéns, Delanie! O livro é pequeno, mas bem movimentado. Gostei muito”!
Jamaci Messias, Gerente de Vendas.
Vendas:
Livraria Jaqueira
R. Antenor Navarro, 138, Jaqueira. Recife, PE (Em frente ao parque da Jaqueira)
Livraria Vozes
R. do Príncipe, 482, Boa Vista. Recife, PE.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dia Mundial do Meio Ambiente

Hoje, dia mundial do meio ambiente, fechemos os olhos e imaginemos cenas de destruição ambiental. Chocante, não é mesmo? Agora, de frente para o espelho, perguntemos a nós mesmos: O que isso tem haver conosco? Somos destruidores do meio ambiente?

Certamente quando se fala em destruição ambiental, pensamos logo naqueles que devastam matas e florestas, lançam toneladas de poluentes no ar e nas águas, realizam caça e pesca predatória ou agridem o solo. Sem dúvida a maioria de nós não se enquadra nessa classe de destruidores. Vale lembrar, porém, que há duas maneiras de se destruir algo: 1)Pela agressão direta, a exemplo do que foi mencionado anteriormente; 2)Pelo descaso e a falta de cuidado. Ôpa! É exatamente aí que eu, você, nós somos enquadrados.

O que fizemos nas últimas, horas, dias, no último mês, ao longo desse ano, para cuidar do planeta? Pouco, muito, nada?

Mas, não temos tempo de lamentar pelo que não foi feito, pois há muito por fazer. Comecemos,  primeiro, com ações de conscientização e, depois, tomemos atitudes diretas de cuidado com o planeta. Comecemos por nós mesmos e, depois, compartilhemos nossos valores e atitudes de preservação ambiental com os que moram conosco na mesma residência, vizinhos, amigos, familiares, colegas de trabalho. Comecemos pelo nosso quarto e, depois, estendamos as ações para a casa toda, o prédio, o condomínio, a rua onde moramos, o local de estudo e de trabalho.

Algumas dicas para atitudes de conscientização e preservação:
1)Cultivar o hábito de observar e apreciar a natureza
2)Desenvolver a capacidade de captar os sons, os aromas, as formas e cores da natureza no dia a dia, mesmo em meio à correria
3)Reduzir, reutilizar e reciclar
4)Consumir produtos orgânicos
Uma vez aplicados esses princípios em nossa vida, vamos compartilhá-los com os que estão mais próximos de nós e também com aqueles que estão distante. Nesse caso, basta só um clique e esta mensagem poderá chegar a muitos lugares do planeta.

Que de hoje em diante seja este o nosso lema: “Meio Ambiente: Desfrutar e Preservar”!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Planeta Terra: O que aconteceu?

Um livro surpreendente!

Apresenta uma narrativa fictícia que tem lugar no palco do planeta Terra em diferentes épocas e lugares. A riqueza de cenários e de personagens, junto com uma pitada de aventura e suspense, cativam o leitor, ao mesmo tempo em que ele é levado a refletir sobre várias questões, entre elas, o cuidado com a saúde, o meio ambiente, o tempo e os relacionamentos.  A obra também se propõe a oferecer estímulos para o cultivo da arte de duvidar, questionar e debater. E, embora esteja voltado para o público adulto, considerando o tipo de reflexões que suscita, os adolescentes e jovens também poderão se deleitar com a história, a qual contribui, ainda, para estimular a imaginação e o raciocínio, indispensáveis para um bom desempenho estudantil.



Sinopse

O planeta Terra é palco de uma série de estranhos acontecimentos que põem em risco a existência da espécie humana. Algum tempo depois, os homens adquirem fantásticas habilidades corporais, alteram drasticamente seu modo de vida e, muitos anos mais tarde, decidem investigar o passado do planeta. Em suas buscas eles encontram misteriosos objetos, intrigantes questões, acalorados debates e os estranhos livros de um homem chamado Derek Wilson.

Lançamento do Blog

Iniciando este blog para trocar ideias com leitores.