segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Verão


Desde o último dia 21 é verão no hemisfério sul. A mudança de estação, se não estou equivocada, ocorreu pouco depois das 14 h (horário de Brasília).

Por aqui, onde estou, ele chegou de mansinho, calmo, cauteloso, céu nublado, temperatura amena, brisa fresca a soprar... Mas não irei, de forma alguma, me iludir. Afinal, já vivi muitos verões e foi, inclusive, nessa estação que vim ao mundo. Sei muito bem o que nos aguarda: temperaturas impiedosamente elevadas (como já está acontecendo na Argentina e outros países vizinhos), luminosidade insuportável sem o uso de óculos escuros, desejo insaciável por sombra, ingestão de bebidas refrescantes, maior contato com água fria para beber, banhar-se, mergulhar, molhar a cabeça, as mãos, os pés...

O verão é uma estação de céu azul, sem nuvens e com um brilho jamais visto em outra época do ano. É uma estação abrasadora, que inquieta, consome, excita o desejo por sombra, descanso, água fresca. Não é minha estação preferida, mas reconheço que precisamos muito do verão, não importa quão impiedoso e abrasador ele seja.

O verão me faz perceber, com maior clareza, que é preciso parar, é preciso descansar, fazer menos para poder produzir mais. O verão me faz dar maior valor à água, às plantas, às frutas suculentas, à sombra, ao anoitecer...

Como você se sente diante da estação do sol? Que tal aproveitar para relaxar um pouco e refrescar-se ao som da magnífica obra de Vivaldi “O Verão”, com a interpretação brilhante de Julia Fischer?
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Que Mundo é Esse? Mãe é morta na frente dos filhos e tem a pele de seu corpo arrancada


Anastácia era uma mãe dedicada, cuidadosa, sempre atenta às necessidades de seus filhos.

Certo dia, ela estava na frente de casa, com as crianças, quando foi agarrada, violentamente, e afastada dos pequenos.

Anastácia gritou, tentou escapar, mas foi em vão, pois seu agressor era muito mais forte do que ela. Enquanto isso, seus filhinhos corriam de um lado para o outro, completamente desesperados e desorientados.

Aquela mãe morreu, com um corte no pescoço, que fez  o sangue jorrar copiosamente. Depois sua pele foi totalmente arrancada.

Que Mundo é Esse?
 
Abelardo era um jovem que saiu para dar um passeio matinal. Enquanto explorava o ambiente, algo curioso lhe chamou a atenção. De imediato, alguém o puxou violentamente. Ele não compreendia o que estava acontecendo. Nunca vira aquela pessoa antes e não entendia porque ela parecia tão determinada a tirar-lhe a vida. Abelardo teve sua língua perfurada e o agressor ainda o matou por asfixia.

Como você se sente ao ler essas narrativas?

Um misto de revolta e indignação invade sua mente, enquanto você indaga como pode alguém cometer tamanha crueldade?

Sente vontade de clamar para que a justiça seja feita e os agressores, punidos?

Você chega a se perguntar: Que mundo é esse?

Agora deixe-me fazer-lhe mais uma pergunta, talvez a mais importante de todas:

Como você se sentiria se eu lhe dissesse que Anastacia era uma galinha e Abelardo, um peixe?

Seu furor se aplacaria e você diria que, nesse caso, não há nada demais, pois é perfeitamente normal e aceitável matar animais para consumo e banquetear-se com partes de seus cadáveres; é normal não se importar com o sofrimento e a agonia dessas infelizes criaturas, desde que esse sofrimento seja empregado para a satisfação do paladar humano?


Assim como eu imaginei a história de Anastacia e de Abelardo, você também pode imaginar a história de Mundy, o carneiro, Nena, a cabra, Tina, a vaca, Rico, o porco, Toby, o caranguejo que passou um dia inteiro exposto ao calor excessivo, amontoado sobre outros membros de sua espécie e, ao final, quando parecia que o estavam levando para um lugar melhor, foi jogado dentro de uma panela de água fervendo, e... tantos outros!

Imagine, imagine, imagine!


Por favor, não deixe de imaginar, inclusive na hora do almoço, e considere também que uma mudança de hábito SEMPRE é possível.