Desde o último dia 21 é verão no hemisfério sul. A mudança de
estação, se não estou equivocada, ocorreu pouco depois das 14 h (horário de
Brasília).
Por aqui, onde estou, ele chegou de mansinho, calmo,
cauteloso, céu nublado, temperatura amena, brisa fresca a soprar... Mas não
irei, de forma alguma, me iludir. Afinal, já vivi muitos verões e foi,
inclusive, nessa estação que vim ao mundo. Sei muito bem o que nos aguarda:
temperaturas impiedosamente elevadas (como já está acontecendo na Argentina e
outros países vizinhos), luminosidade insuportável sem o uso de óculos escuros,
desejo insaciável por sombra, ingestão de bebidas refrescantes, maior contato
com água fria para beber, banhar-se, mergulhar, molhar a cabeça, as mãos, os
pés...
O verão é uma estação de céu azul, sem nuvens e com um
brilho jamais visto em outra época do ano. É uma estação abrasadora, que
inquieta, consome, excita o desejo por sombra, descanso, água fresca. Não é
minha estação preferida, mas reconheço que precisamos muito do verão, não
importa quão impiedoso e abrasador ele seja.
O verão me faz perceber, com maior clareza, que é preciso
parar, é preciso descansar, fazer menos para poder produzir mais. O verão me faz dar
maior valor à água, às plantas, às frutas suculentas, à sombra, ao anoitecer...
Como você se sente diante da estação do sol? Que tal
aproveitar para relaxar um pouco e refrescar-se ao som da magnífica obra de
Vivaldi “O Verão”, com a interpretação brilhante de Julia Fischer?
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