terça-feira, 17 de setembro de 2013

Porto de Galinhas e a Flipo


 
Durante os dias 12 a 15 de setembro tive a oportunidade de participar da Flipo, Feira Literária Internacional do Ipojuca, que aconteceu na praia de Porto de Galinhas, Ipojuca, PE. O evento contou com diversas atividades como palestras, debates, contação de histórias infantis, exposição de livros, cordéis e obras de artistas plásticos.
Depois da praia, meu lugar preferido foi a Praça do Livro, espaço dedicado à exposição de obras, onde pude estabelecer contato com pessoas de diferentes lugares, apresentar o “Planeta Terra”, fazer novos amigos e conhecer um pouco o trabalho deles, como o cordelista Altair Leal, o artista plástico Jader Cysneiros, a escritora Si Cabral. O Lula e a Marta, responsáveis pelo estande, eram uma simpatia.

No último dia do evento, arrumei um tempinho para aproveitar, um pouco, a praia. Comecei a caminhar pela areia e logo recebi o abraço do sol. Tratei de ir molhando os pés na água do mar e parei para abraçar o ar.
Os recifes estavam descobertos e já havia uma boa movimentação de pessoas e jangadas rumo às piscinas naturais.

Caminhar com água fresca, um palmo acima do tornozelo, cercada de pequenos peixes que nadavam com toda desenvoltura, me proporcionou um incrível prazer sensorial. Aliás, aquele ambiente proporcionava maravilhosas percepções visuais, auditivas, olfativas e táteis.
Foi lindo ver famílias se deleitarem na água ou observarem as surpresas por entre os recifes. Eu estava apreciando cada momento e tratei de registrá-los em fotografias. Mas, nem tudo era beleza e harmonia.

Vi três garotos molestando caranguejos que tentavam se esconder entre as brechas das rochas. Um pouco mais adiante, outros membros de nossa espécie, dessa vez, adultos, tentavam tirar a vida de peixes fazendo uso da pesca com anzol. Alguns deles entravam no mar com seus anzóis, enquanto outros, sentados, aguardavam que um pobre peixe mordesse a isca do anzol que estava fixo na areia.
Sinceramente, naquela hora eu tive vontade de ser a “Mulher Maravilha” para poder entortar aqueles anzóis e lançá-los bem longe, direto no ferro velho mais próximo. Seria um alívio para os peixes e um grande aborrecimento para os donos dos anzóis, que, sem sombra de dúvida, me considerariam uma “fora da lei”.

Mas o pior ainda estava por vir. Olhando o relógio, vi que era hora de retornar e, enquanto caminhava de volta, pude observar uma garotinha que se divertia em uma piscininha cavada na areia molhada. A piscina continha bastante água, mas a menina ainda insistia em cavar um pouco mais ao redor, com sua pazinha. Foi então que vi, dentro da piscina, um pobre  peixe, que se revirava de um lado para o outro.
Na mesma hora chegou o pai da garota. Vinha sorridente, trazendo outro peixe que acabara de retirar do anzol. Logo entendi: o pai colocara os peixes ali para completar a diversão da garota, como se peixe fosse brinquedo. As pessoas inventam cada uma!

Porto de Galinhas. Esse lugar é uma maravilha!
Fiquei feliz em ver que a praia estava bastante limpa e o ambiente muito agradável. Um clima de romantismo pairava no ar, e o Sr. Velázquez não saia dos meus pensamentos. Ali, ao conversar com ele, por telefone, chegamos à conclusão de que precisamos visitar mais vezes aquele lugar.

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