Durante os dias 12 a 15 de
setembro tive a oportunidade de participar da Flipo, Feira Literária
Internacional do Ipojuca, que aconteceu na praia de Porto de Galinhas, Ipojuca,
PE. O evento contou com diversas atividades como palestras, debates, contação
de histórias infantis, exposição de livros, cordéis e obras de artistas
plásticos.
Depois da praia, meu lugar preferido
foi a Praça do Livro, espaço dedicado à exposição de obras, onde pude
estabelecer contato com pessoas de diferentes lugares, apresentar o “Planeta
Terra”, fazer novos amigos e conhecer um pouco o trabalho deles, como o cordelista
Altair Leal, o artista plástico Jader Cysneiros, a escritora Si Cabral. O Lula
e a Marta, responsáveis pelo estande, eram uma simpatia.
No último dia do evento, arrumei
um tempinho para aproveitar, um pouco, a praia. Comecei a caminhar pela areia e
logo recebi o abraço do sol. Tratei de ir molhando os pés na água do mar e
parei para abraçar o ar.
Os recifes estavam descobertos e
já havia uma boa movimentação de pessoas e jangadas rumo às piscinas naturais.
Caminhar com água fresca, um palmo
acima do tornozelo, cercada de pequenos peixes que nadavam com toda
desenvoltura, me proporcionou um incrível prazer sensorial. Aliás, aquele
ambiente proporcionava maravilhosas percepções visuais, auditivas, olfativas e
táteis.
Foi lindo ver famílias se deleitarem
na água ou observarem as surpresas por entre os recifes. Eu estava apreciando
cada momento e tratei de registrá-los em fotografias. Mas, nem tudo era beleza
e harmonia.
Vi três garotos molestando caranguejos
que tentavam se esconder entre as brechas das rochas. Um pouco mais adiante,
outros membros de nossa espécie, dessa vez, adultos, tentavam tirar a vida de
peixes fazendo uso da pesca com anzol. Alguns deles entravam no mar com seus
anzóis, enquanto outros, sentados, aguardavam que um pobre peixe mordesse a
isca do anzol que estava fixo na areia.
Sinceramente, naquela hora eu
tive vontade de ser a “Mulher Maravilha” para poder entortar aqueles anzóis e
lançá-los bem longe, direto no ferro velho mais próximo. Seria um alívio para
os peixes e um grande aborrecimento para os donos dos anzóis, que, sem sombra
de dúvida, me considerariam uma “fora da lei”.
Mas o pior ainda estava por vir.
Olhando o relógio, vi que era hora de retornar e, enquanto caminhava de volta,
pude observar uma garotinha que se divertia em uma piscininha cavada na areia
molhada. A piscina continha bastante água, mas a menina ainda insistia em cavar
um pouco mais ao redor, com sua pazinha. Foi então que vi, dentro da piscina,
um pobre peixe, que se revirava de um
lado para o outro.
Na mesma hora chegou o pai da
garota. Vinha sorridente, trazendo outro peixe que acabara de retirar do anzol.
Logo entendi: o pai colocara os peixes ali para completar a diversão da garota,
como se peixe fosse brinquedo. As pessoas inventam cada uma!
Porto de Galinhas. Esse lugar é
uma maravilha!
Fiquei feliz em ver que a praia
estava bastante limpa e o ambiente muito agradável. Um clima de romantismo
pairava no ar, e o Sr. Velázquez não saia dos meus pensamentos. Ali, ao conversar
com ele, por telefone, chegamos à conclusão de que precisamos visitar mais
vezes aquele lugar.
Praia, imaginação,
ResponderExcluirdespertamento, paixão,
lembranças de quem, ausente,
motiva o que a gente sente.
Pedro
Belas palavras, Pedro!
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